Apaixonados Admiradores

Camila Xavier

" A fotografia pra mim é tudo, é onde eu expresso todos os meus sentimentos, tristes e alegres . A fotografia me completa, é um sentimento, um momento que gravamos para sempre.. "

- Camila , além de ser muito fotogênica e ter um certo talento em edições , esbanja criatividade na escolha de  temas para seus ensaios , na escolha de cenários e figurinos . Sem dúvida uma "amadora" de grande talento em expressar-se por meio da fotografia !

 @Camilawinslet

Essa é a definição de fotografia para mim .

Isso é realmente "momento" e "sentimento" fotografado . 

Irmãs posam para uma mesma foto em três momentos diferentes

Um veterano de guerra russo ao lado do tanque que ele dirigiu, que agora é um monumento

Uma criança romena entrega um balão em forma de coração para a polícia durante os protestos contra medidas de austeridade no país

Ray Lewis, capitão aposentado da polícia, é preso por participar dos protestos Occupy Wall Street em 2011

Um monge reza para um homem que tinha morrido repentinamente enquanto aguardava pelo trem emShanxi Taiyuan, China

Um cachorro chamado Leão fica pelo segundo dia consecutivo ao lado da cova do seu dono, que morreu devido às chuvas de Janeiro/2011 no Rio de Janeiro.

A saudação Black Power nas olimpíadas de 1968: os atletas afro-americanos Tommie Smith e John Carlos erguem seus punhos. O medalhista de prata, o australiano Peter Norman usava uma insígnia do Projeto Olímpico para os Direitos Humanos, em solidariedade ao protesto. Os americanos foram expulsos dos jogos como punição.

Prisioneiros judeus no momento de libertação de um trem a caminho de um campo de concentração perto de Elbe, em 1945

John F. Kennedy Jr. saúda o caixão do seu pai, junto com a guarda de honra

Cristão protegem muçulmanos durante orações no levante no Cairo, Egito em 2011

Um homem norte-coreano balança sua mão enquanto seu parente sul-coreano chora durante um almoço de reencontro temporário entre familiares das duas Coréias, no hotel Monte Kumgang em 2010

Um cachorro é entregue salvo para seu dono após o Tsunami no Japão em 2011

"Wait For Me Daddy" é o nome da foto acima. Uma linha de soldados marchando na Columbia Britânica, no caminho para o trem, enquanto o pequeno Whitey Bernard se solta da mão de sua mãe para alcançar a de seu pai

Capelão da marinha, Luis Padillo, dá as últimas bençãos à um soldado ferido por uma Sniper durante uma revolta na Venezuela

Scott Jones beija sua namorada Alex Thomas depois que ela foi atirada ao chão por um policial durante os protestos em Vancouver, Canadá

Uma mãe conforta seu filho no Alabama, perto de onde era sua casa que foi completamente destruída por um tornado em 2011

Um sobrevivente de Pearl Harbor, Houston James se emociona enquanto abraça o sargento Mark Graunke Jr. durante a comemoração do Dia dos Veteranos em Dallas

Phyllis Siegel, 76, e Connie Kopelov, 84, ambas de Nova Iorque, se abraçam depois de se tornarem o primeiro casal do mesmo sexo a se casar em Manhattan, 2011

Um bebê de 4 meses milagrosamente é resgatada dos entulhos por soldados depois de ficar desaparecida do 4 dias após o Tsunami no Japão

Um civil chora em desespero enquanto os Nazistas ocupam Paris na Segunda Guerra

Horace Greasley atrevidamente confronta Heinrich Himmler durante uma inspeção de um campo de concentração. Greasley ficara famoso também por escapar deste campo e sorrateiramente voltar mais de 200 vezes para se encontrar com sua namorada secreta alemã

Um bombeiro dá água à um coala durante os incêndios na Austrália em 2009

Robert Peraza reflete sobre o nome do seu filho no Memorial do 11 de Setembro, nas cerimônias do décimo aniversário do atentado

Jacqueline Kennedy com seu terno, ainda manchado com sangue do seu marido, enquanto Lyndon Johnson faz seu juramento de posse no escritório do Força Aérea Um

Tanisha Blevin, 5, segura a mão de Nita LaGarde, 105, ambas vítimas do furacão Katrina, enquanto são evacuadas do centro de convenções em New Orleans

Uma garota no isolamento para uma avaliação de radiação olha para seu cachorro por uma janela em Nihonmatsu, Japão

Os jornalistas Euna Lee e Laura Ling, que foram presos na Coréia do Norte e sentenciados a 12 anos de trabalhos forçados se reúnem com suas famílias na Califórnia depois de uma intervenção diplomática dos E.U.A.

Terri Gurrola abraça sua filha depois de servir por 7 meses no Iraque

"La Jeune Fille a la Fleur" é a fotografia acima, que mostra a pacifista Jane Rose Kasmir colocando uma flor na baioneta dos guardas do Pentágono durante um protesto contra a guerra do Vietnã, em 1967. Esta foto posteriormente se tornaria o símbolo do movimento Flower Power

Um rebelde anônimo enfrenta uma coluna de tanques chineses num ato de desafio durante os protestos na praça Tiananmen, em 1989

Um outro olhar sob o mesmo evento na China em 1989, agora à distância

Harold Whittles ouve pela primeira vez depois que seu médico coloca um aparelho na sua orelha esquerda

Helen Fisher beija o carro fúnebre que carrega o corpo de seu primo de 20 anos, o soldado Douglas Halliday, enquanto ele e seis outros são trazidos à cidade de Wootton Bassett, na Inglaterra

Exército dos E.U.A. avança pela costa durante do Dia D na Normandia em 1944

Um prisioneiro alemão na Segunda Guerra é solto pelo exército da União Soviética e se reúne com sua filha. A filha não tinha visto o pais desde 1 ano de idade.

Christian Golczynski aceita a bandeira pela morte do seu pai, o sargento Marc Golczynski

Pelé e Bobby Moore trocam camisa em 1970 como sinal de respeito mútuo durante a Copa do Mundo, que foi marcada pelo racismo

Um soldado do Exército de Libertação do Povo do Sudão em posição de sentido na véspera da independência do Sudão do Sul

Greg Cook abraça seu cachorro Coco depois de achá-lo dentro de sua casa, destruída por um tornado em março de 2012

Fotografia do nascer da Terra, tirada pelo astronauta William Anders, durante a missão Apollo 8, em 1968

- Fonte : http://blog.jedipress.com.br/2012/07/40-das-mais-poderosas-imagens-para.html

Pedro Ferreira

 Antes de qualquer coisa , agradeço ao fotógrafo Pedro Ferreira pelo carinho e atenção . Sua história , opiniões e experiencias com certeza serviram de inspiração para mim e certamente também serviram a outros. Você é um motivo de orgulho para cidade de Pedro Osório , para o  Rio Grande do Sul e principalmente para todos que tem a oportunidade de conhecer o seu trabalho . Parabéns , e mais uma vez : OBRIGADO !

Entrevista :

Pedro Pereira Ferreira, 35 anos 

Blog / Pedro há quanto tempo tu tem esse contato com imagens no modo geral?  Entrevistado /Comecei como entregador de fotos com 18 anos de idade, e a fotografar em estúdio com 19, com 20 abri meu estúdio, ou seja, fazem aproximadamente 17 anos que estou no ramo.

Blog / Quando tu começaste a se interessar por esse meio artístico? Entrevistado  / Bem, sendo franco, no início foi uma necessidade, e iniciei muito forte na área da documentação.

Blog / Tem algum fotógrafo que te inspire ou tenha te motivado a se interessar por essa forma artística? Entrevistado  / A minha linha profissional não “foca” tanto o artístico, porém, Bob Wolfeson é um dos meus ídolos no ramo, e tem uma linha que gosto muito.

Blog  / Qual é a sua especialidade com fotos? Entrevistado / Bem, minha vida foi dentro de um estúdio, e nesse âmbito tenho muita facilidade em criar tons, e efeitos com naturalidade, ou seja, tenho um domínio muito bom do meu equipamento e do espaço, no entanto, ali faço o que quero com a luz.

Blog  / Tu és bem reconhecido na tua cidade, quando tu iniciaste teus trabalhos como fotógrafo tu já esperavas tanto reconhecimento? Entrevistado  / Bem, estou estabelecido em Pedro Osório fazem 11 anos, contudo, já vinha com uma boa bagagem, o que me dava uma certa segurança, mas isso não é tudo, muito trabalho, atenção, dedicação, empenho e muitos outros adjetivos fizeram parte do meu dia a dia para chegar no pouco que conquistei.

Blog  / O que em sua opinião um profissional dessa área precisa ter para que seu trabalho seja reconhecido e até mesmo admirado? Entrevistado / Não creio que seja somente na minha área, mas tenho convicção que empatia é uma das palavras chave para que um trabalho obtenha êxito, somado há alguns sinônimos nesta mesma linha serão bem vindos em qualquer profissão.

Blog / Como foi a decisão de montar o seu próprio estúdio? Entrevistado / Foi em uma das piores épocas da minha vida, após uma grande decepção com um ex patrão que era fotógrafo, e que foi embora da cidade que eu morava. Sem chão e sem dinheiro, comecei só com a cara e a coragem... 

Blog  / A seu ver, o que hoje em dia é uma boa edição na carreira de um fotógrafo? Essa busca por imagens perfeitas, mesmo que sejam necessários retoques ou até mesmo uma reestruturação, atrapalha o profissional em fotografia ou apenas divide-o de um grupo dos “mais qualificados”? Entrevistado / Puxa!! Essa resposta requer um livro de fotografia, porém vou lhe dar um breve panorama. (Não concordo com nenhuma das afirmações, nem atrapalha nem separa um bom de um mal profissional) Para esta pergunta existem duas respostas, a dos mais puritanos, que buscam somente o clic ideal com percepção e operação do equipamento totalmente manual e que muitas vezes não tem um bom domínio de um programa de edição profissional, e a do fotógrafo mais contemporâneo, com a tecnologia hi tec do digital faz muita coisa no automático e ainda pode otimizar sua imagem em um programa de computador, no entanto, eu não me classifico em uma categoria específica, pois passei por “N” fazes da fotografia dezenas de modelos de câmeras, e hoje tenho a grata satisfação de unir não só o conhecimento, mais o ato de criar do antigo com a tecnologia do novo, e com isso tenho conseguido bons resultados.

Blog / Quais são os teus projetos como profissional pro ano a seguir? Entrevistado / Bem, hoje 02/01 é para mim o primeiro dia do ano, quando começo a colocar em prática minhas metas, e fazer acontecer as mudanças que projetei no ano passado. Quanto á fotografia (hoje não é minha atividade principal), tenho a previsão de investimentos consideráveis até maio deste ano, tanto em equipamentos como em material humano, pois já existe um projeto inovador para implantar em breve aqui em Pedro Osório.

Blog / Se fosse definir toda essa sua relação com fotografia em apenas uma palavra, qual seria?

Entrevistado / CUMPLICIDADE

Blog / Pedro deixa um recado para todos que querem e estão iniciando nesse meio fotográfico. Entrevistado / Uma boa dica é: Se informem, busquem conhecimento e depois tenham persistência, pois a maior árvore do mundo um dia foi um pequena semente que foi cuidadosamente cultivada, e algumas vezes até podada para se fortificar, até chegar ao ponto de florescer, dar uma boa sombra e bons frutos... Pense nisso, conte comigo e boa sorte!

" Parabéns Déborah pela iniciativa e pela lembrança "

Contatos: (53) 9167 6087 – (53) 8404 0516 – (53) 3255 1131

( Esta entrevista foi feita em janeiro de 2012 , e no entanto só foi publicada agora por motivos já declarados no post anterior . Hoje o fotógrafo Pedro Ferreira tem 36 anos )

de VOLTA a ativa

Nosso blog começou muito bem com a presença de um grande e conhecido fotografo e tinha tudo para ter grandes números de acessos , porém pela correria do dia a dia , pela falta de tempo por parte da administradora ele ficou assim "as moscas" rs . Mas , agora voltando com total , com muita dedicação para tornar este blog uma página atrativa a você que acompanha . E para regressar com tudo , irá ser publicada uma entrevista com um renomado fotógrafo gaúcho , da cidade de Pedro Osório (minha terra natal rs) , Pedro Ferreira . Entrevista imperdível , com as fortes opiniões e a visão do mundo fotográfico de Pedro . Conheça mais sobre o trabalho deste excelente profissional no post a seguir .

(esta entrevista foi feita no mês de janeiro , e será mantida na integra . )

Memória e Afeto

Na fotografia , assim como em muitas outras excreções artísticas , é possível encontrar claramente a memória, a ausência, a separação dos que se amam, as pessoas que já faleceram, as que partiram para algum lugar distante.

 Através da fotografia torna-se possível reviver, ainda que por alguns instantes, momentos importantes, felizes que são eternamente belos. A fotografia é uma ferramenta de lembrança, em uma simples imagem mostram-se os mais nobres e eternos sentimentos de momentos importantes para alguém.

Strelczenia, 2001, apud Debray (1986, p. 60) assinala que a imagem nasce da morte, como negação do nada e para prolongar a vida, de tal forma que entre o representado e sua representação haja uma transferência de alma. “A imagem não é uma simples metáfora do desaparecido, mas sim uma metonímia real, um prolongamento sublimado, mas ainda físico de sua carne".

 A foto faz que as pessoas lembrem-se do seu passado e que fiquem conscientes de quem são. O conhecimento do real e a essência de identidade individual dependem da memória. A memória vincula o passado ao presente, ela ajuda a representar o que ocorreu no tempo, porque unindo o antes com o agora temos a capacidade de ver a transformação e de alguma maneira decifrar o que virá.

A fotografia captura um instante, põe em evidência um momento, ou seja, o tempo que não pára de correr e de ter transformações. Ao olhar uma fotografia é importante valorizar o salto entre o momento em que o objeto foi clicado e o presente em que se contempla a imagem, porém a ocasião fotografada é capaz de conter o antes e depois.

Confia-se, portanto, na capacidade da câmera fotográfica para guardar os instantes que se consideram valiosos. Tirar fotografias ajuda a combater o nada, o esquecimento. Para recordar é necessário reter certos fragmentos da experiência e esquecer o resto. São mais os instantes que se perdem que os que podemos conservar. Segundo Strelczenia (2001), "A memória se premia recordando, fazendo memorável; se castiga com o esquecimento ".

Fotografa-se para recordar, porque os acontecimentos terminam e as fotografias permanecem, porém não sabemos se esses momentos foram significativos em si mesmos ou se tornaram memoráveis por terem sido fotografados.

A memória é constitutiva da condição humana: desde sempre o homem tem se ocupado em produzir sinais que permaneçam mais além do futuro, que sirvam de marca da própria existência e que lhe dêem sentido. A fotografia traz consigo mais daquilo do que se vê. Ela não somente capta imagens do mundo, mas pode registrar o "gesto revelador, a expressão que tudo resume, a vida que o movimento acompanha, mas que uma imagem rígida destrói ao seccionar o tempo, se não escolhemos a fração essencial imperceptível" (CORTÁZAR, 1986,p. 30)

Todo esse campo de interpretação que a fotografia permite parte de vários fatores, ingredientes que agem profundamente (nem sempre visíveis) no significado da imagem. Segundo Lúcia Santaella e Winfried Nöth (2001), esses elementos são: o fotógrafo, como agente; o fotógrafo, a máquina e o mundo, ou seja, o ato fotográfico, a fenomenologia desse ato; a máquina como meio; a fotografia em si; a relação da foto com o referente; a distribuição fotográfica, isto é, a sua reprodução; a recepção da foto, o ato de vê-la.

É no ensaio fotográfico que a pessoa busca a emoção, algo que ela nunca tenha sentido. A fotografia é capaz de ferir, de comover ou animar uma pessoa. Para cada um ela oferece um tipo de afeto. Na composição de significado da foto, segundo Barthes (1984), há três fatores principais: o fotógrafo (operador), o objeto (spectrum) e o observador (spectator). O fotógrafo lança seu olhar sobre o assunto, ele o contamina e faz as fotos segundo seu ponto de vista. O objeto (ou modelo) se modifica na frente de uma lente, simulando uma coisa que não é. No caso do observador, ele gera mais um campo de significado, lançando todo o seu repertório e alterando mais uma vez a imagem.

Barthes (1984, p. 45) observa ainda a presença de dois elementos na fotografia, aquilo que o fotógrafo quis transmitir é chamado de studium, ou seja, é o óbvio, aquilo que é intencional. Já quando há um detalhe que não foi pré-produzido pelo autor, recebe o nome de punctum. Esse último gera outro significado para o observador, fere, atravessa, mexe com sua interpretação.

Reconhecer o studium é fatalmente encontrar as intenções do fotógrafo, entrar em harmonia com elas, aprová-las, dicutí-las em si mesmo, pois a cultura (com que tem a ver o studium) é um contrato feito entre os criadores e os consumidores. (…) A esse segundo elemento que vem contrariar o studium chamarei então punctum. Dessa vez, não sou eu que vou buscá-lo, é ele que parte da cena, como uma flecha, e vem me transpassar (BARTHES, 1984, p. 48).

Por meio das fotografias descobre-se a capacidade de obter camadas inteiras e de emoções que estão escondidas na memória. Também se pode descobrir e obter novas significações que naqueles momentos não estavam explícitas.

As imagens são aparentemente silenciosas. Sempre, no entanto, provocam e conduzem a uma infinidade de discursos em torno delas.